No vídeo sobre a “Concessão”, que vem ser a forma como a nova teoria da semiótica narrativa avança, antes, com os estudos da ação, os eventos ocorriam de forma implicativa, causa e efeito, mas agora, não. Com a concessão, o previsível dá lugar ao imprevisível. A narrativa das paixões é cheia de concessões, de ajustes impossíveis, de uma negação ou reconhecimento da verdade.
A figura de Deus, que não tem nome nem face, nem “corpo”, é um signo que gera poder somente para aquele que nele “acredita”. Fora da crença, não há Deus. A figura de Deus é uma concessão, porque só serve para um grupo de crentes, e não uma verdade que serve ao mundo.
A semiótica coloca a questão da verdade como sendo um “arco” de um sujeito em sua jornada em busca de uma verdade. Sempre. Mas nós geramos um signo para nos tornar perfeitos, o que em si é uma concessão. Como somos imperfeitos, porque sofremos, e Deus não sofre, porque é perfeito, não tem “fraturas”, geramos para nós, nesta figura, um mundo perfeito que não somos.