PhD em Narrativa de Ficção, Hermes Leal é jornalista, escritor, roteirista, diretor de cinema e televisão. Formado em Jornalismo pela UFG (Universidade Federal de Goiás), Mestre em Cinema pela Escola de Comunicação e Artes/USP e Doutor em Linguística e Semiótica pela FFLCH/USP, especializando-se em Semiótica das Paixões, uma nova ciência do conhecimento aplicada ao cinema, que decifra como são geradas e sentidas as emoções e não mais apenas as ações dos personagens, como conhecíamos até então.
Viveu a infância em Kraôlandia, região mais isolada do país, ao norte do Tocantins, que somente agora começa a ser explorada, conhecida como MATOPIBA. Passou a adolescência entre Brasília e o sertão tocantinense, próximo aos índios Krahôs, mudando, em 1980, para Goiânia, onde iniciou seu interesse pelo jornalismo, literatura e cinema. Nesta época, ainda garoto, conviveu com os horrores e os mitos da Guerrilha do Araguaia.
Em 1985, criou, na UFG, como um projeto de jornalismo, a revista CISCO, bancada pela reitoria da universidade, devido a sua ousadia em falar de cinema quando ninguém fazia isso nem nos grandes centros. Foi um sucesso grande e, em 1986, Hermes Leal foi levado de Goiás para São Paulo pelo cineasta João Batista de Andrade e com a benção de Carlos Reichenbach, para implantar a publicação na capital paulista.
Durante toda década de 90, enquanto trabalhou arduamente como diretor de televisão nos canais abertos, dirigindo programas e jornalísticos na TV Manchete, SBT, Record e Rede TV, dedicou-se também ao mestrado e à literatura. Escreveu e publicou seus romances e aventuras, e ao mesmo tempo continuou com seus estudos de Semiótica na USP. Neste mesmo período, escreveu e publicou os livros “Quilombo, uma Aventura no Vão das Almas” (1995), uma jornada jornalística e de aventura; “O Enigma do Coronel Fawcett” (1996/4ª Edição, 2006), realizado após longas expedições para realizar a biografia do Indiana Jones; e, em 1998, publicou o seu primeiro romance, “Eu Sou Foda!”, esgotando imediatamente a primeira edição e reeditado, em 2006, com o título “Faca na Garganta”. Em 2009, publicou a biografia do cineasta Orlando Senna, “O Homem da Montanha”; em 2014, o romance “Antes que o Sonho Acabe”; e, em 2016, o livro sobre Semiótica e Cinema, “As Paixões na Narrativa”.
Em 2000, criou a Revista de CINEMA, dedicada ao cinema brasileiro, circulando impressa por 18 anos e, atualmente, online; e, em 2010, a HL Filmes, produtora de cinema e TV, que vem produzindo conteúdos voltados para aspectos da realidade brasileira, baseada em São Paulo e em Palmas, no Tocantins, onde Hermes Leal também reside e mantém uma reserva particular no Jalapão.
Em 2011, iniciou a direção de uma série de filmes, “Pensamento Contemporâneo”, com os conteúdos do programa “Café Filosófico” (oito filmes até 2018); entre 2013 e 2016, atuou como diretor de conteúdo do canal CineBrasilTV e, a partir de 2016, começou a exibir seus documentários e séries nos canais Curta!, Prime Box Brazil, CineBrasilTV e FashionTV, além de produzir outros cineastas, como Orlando Senna, com dois documentários que marcaram a sua volta ao cinema.
Em 2016, concluiu, finalmente, seu trabalho de pesquisa em busca de uma teoria da narrativa, que durou 28 anos, e concluiu, com uma reorganização da Semiótica das Paixões, na verdade, uma teoria mesmo, não mais somente da ação dos personagens, mas também de suas emoções, sobre o que o personagem sente, o ódio, o rancor, enfim, aquilo que realmente nos move nas ações. A teoria foi publicada no livro “As Paixões na Narrativa”, o sexto livro do autor, pela Editora Perspectiva, na famosa coleção Estudos, onde estão publicados, em língua portuguesa, os maiores pensadores do século XX no campo da artes, filosofia e cultura. O livro contém uma teoria inédita que chega ao cinema e à criação de roteiros através deste estudo; ninguém decifrou ainda a charada desta teoria quase impensável, mas bem real e fundamentada, que cedo ou tarde se tornará indispensável nas escolas de cinema. Em sua segunda obra neste campo, “As Paixões nos Personagens”, o autor oferece aos escritores uma estrutura teórica da ação e da emoção dos personagens, demonstrando sua aplicação perfeita nos roteiros e personagens dos filmes “Roma”, “Coringa” e “Parasita” e em séries, como “Game of Thrones”.